Ser resiliente é ser feliz?

Tem gente que acha que superar e enfrentar um problema é fazer o “jogo do contente”. Não é não!
Sorrir feito um João Bobo e fazer as pessoas pensarem que está tudo bem não resolve o problema.
Outras pessoas são totalmente reativas, mas se só reagem aos outros são os outros que determinam seu estado de espírito. Se a tratam bem, está feliz, se a tratam mal, fica mal. Suas reações são apenas reclamar e se lamentar.
A revolta é uma das principais características de comportamento do não resiliente, “isso não devia ser assim, o outro devia fazer assim”, revoltado e inconformado cheio de devias e deverias, “porque aquele cara fez aquilo, ele não podia ter feito“.
Desenvolvendo a resiliência você aprende a confrontar as situações, enfrentar as tensões, ter desenvoltura e fazer de cada experiência um aprendizado positivo. Ao invés de focar no problema, você começa a focar na solução.
Por exemplo: morreu seu cachorrinho? Claro que você vai ficar triste, mas pode aprender sobre a finitude da vida. Foi demitido? Claro que vai ser um choque, mas você pode usar a oportunidade pra arranjar uma colocação melhor, até porque agora você conhece mais do mercado de trabalho.. e por aí vai.
Não é por casualidade que a palavra “desenvolvendo” foi adicionada na frase acima. Todo mundo pode desenvolver resiliência. Qualquer habilidade pode ser desenvolvida com conhecimento, prática e repetição.
A Resiliência não é só um traço de caráter hereditário que você tem ou deixa de ter. É uma conquista pessoal.
Não é à toa que você cresce mais como ser humano justamente nos momentos de dificuldade.
O ser humano precisa enfrentar desafios para testar seus limites. Se você não os enfrentar continuará medíocre.
Existem várias mudanças naturais no ciclo da vida (solteiro pra comprometido, casado pra divorciado, empregado pra desempregado) e em cada uma delas é preciso abandonar atitudes antigas pra conseguir enfrentar novas exigências.

Resiliência e vida profissional

Outra análise pode ser feita em relação á vida profissional. A baixa resiliência é a responsável pela saída de muitos profissionais no mundo corporativo, porque nunca, em momento algum, foi tão necessária a capacidade de flexibilização diante das dificuldades. A pessoa que não consegue administrar seus problemas precisa mudar o foco, precisa ajustar as velas, “resignificar”, para que os obstáculos sirvam como alavanca de seu desenvolvimento profissional.
Antigamente uma pessoa conseguia um emprego, passava a vida no mesmo emprego, que funcionava da mesma forma a vida toda, se aposentava e isso era lindo!
Hoje as coisas mudam muito rápido! Não basta só aprender informática, pois a cada hora tem um programa novo para aprender. Se a pessoa não for resistente e não gostar de desafios, estará perdida e, consequentemente, fora do mercado.
A música ‘Volta por Cima’, de Paulo Vanzolini, tem muito a ensinar sobre resiliência. O refrão diz: “Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. É disso que estamos falando hoje: dar a volta por cima.
Lembram do Lars Grael, aquele esportista que sofreu um acidente terrível? Numa entrevista lhe perguntaram sobre qual teria sido a lição aprendida com esse episódio e ele disse: “O erro das pessoas, em geral, é se voltar para trás. Comparar o agora com o que tinham antes. Se eu fosse comparar minha vida anterior com a vida que levo hoje, com certeza teria entrado em depressão, mas não adianta ficar olhando para trás. Temos que lidar com o “aqui e agora”!
Os textos sobre resiliência foram retirados do site: www.marisapsicologa.com.br
About The Author

Dani Teixeira

Formada e pós-graduada em algo que nunca lhe deu prazer. Conheceu o coaching, enfrentou um divórcio complicado, abandonou a advocacia no serviço público, fundou a Reconstruindo Histórias e passou a trabalhar apenas com o que ama: ajudar outras pessoas a reconstruírem suas histórias. Hoje é Master Coach, Analista Comportamental e Membro da SLAC – Sociedade Latino Americana de Coaching.